Uma das coisas boas de estar longe de casa continua a ser o regresso a casa...
Não sou per se o típico saudosista, o típico tipo que não gosta de sair do buraco, sou aliás o oposto disso. Vejo o mundo como infinito e, tal como, qualquer cão exulta quando vê o dono/a vestir o casaco e pegar na trela, eu sou igual, salvo as devidas diferenças, claro. Fico entusiasmado com qualquer tipo de deslocação, estou sempre a postos para partir, sempre a postos para conhecer novos sítios, novas pessoas, novos cheiros, novas visões, etc... Não gosto de estar parado e tenho tentado manter-me sempre em movimento, apesar do guito, ou a falta dele, nem sempre permitir.
Porventura, neste momento vivo bem longe da cidade que me viu nascer e da cidade que me viu crescer (não muito, é certo!!). Vivo numa cidade que me seduziu à primeira, nem estranhei, apenas se entranhou. Lisboa, tem esse encanto, toma-nos de surpresa e rapidamente somos envolvidos pelos seus trejeitos, pela sua luz, pela sua própria dicotomia, de ruas amplas a becos devolutos pelo tempo e pelas intempéries, da Lisboa do trabalho e da boémia. Lisboa, como "menina e moça", sim, desenganem-se os que pensam nela noutra forma, ela é feminina, que rapidamente nos prende na sua teia e torna-se difícil deixá-la. Mas, (há sempre um mas) eis que chega o dia de voltar a casa... E confesso, que por muito itinerante que eu seja, há uma sensação de paz e sossego e até de uma certa ansiedade quando se regressa a casa.
A razão? É simples... Quem faz os sítios e as cidades são as pessoas que nela estão. E por muito que eu goste de Lisboa e que, dificilmente, me veja sair daqui nos próximos anos, tenho saudades da família e consequentemente, das cidades, dos locais e dos sítios onde elas estão... Hoje é dia de ir ver a família!!
Este foi sentido. Muito bom
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